Melancia e o metrô

Ontem eu peguei o metrô. Coisa que há meses não fazia. Fui e voltei de metrô, e que alívio! Esqueci como é bom não ter que se preocupar com o trânsito, não ficar atenta aos outros carros, e poder ler durante a viagem.

Entrei no metrô, sentei e peguei meu livro. Assim que chegou na Vila Matilde, entrou um cara, sentou no banco ao meu lado, cruzou as pernas e percebi que carregava um livro grande, tipo “Guerra dos Tronos”. Naquela hora eu parei de ler, e bateu a nostalgia. Pensei que poderia ser você. De repente era você. E você não sabia como falar comigo. Fiquei com a cabeça baixa por alguns minutos, fingindo ler algumas linhas do meu livro, para criar coragem e olhar quem era. Quando fiz isso, não era você. Ainda bem. Você iria rir de mim e dizer “mas que porra de livro é esse que você está lendo, Natália?”. Era o Melancia, da Marian Keyes.

Ah, você e suas críticas. Até nas situações que não acontecem, você aparece e me critica de alguma forma, e eu não acho ruim. Não mais.

6 comentários
  1. Cecília disse:

    Achei tão bonito isso.. :)

  2. Nicas disse:

    Amei o texto e, só pra variar, tô aqui encantada com suas fotos. E com o batonzão!
    Marian Keys arrada! Como não amar a Elen, as vezes releio Melancia só pelas cenas dela (na baba eletrônica <3 <3 <3).

    Quando comecei a namorar o Pietro, ele vinha com umas perguntas do porque eu gostava de tal coisa, ou o porque de eu fazer tal coisa. Me deixava doida, com vontade de matá-lo, porque na maioria das vezes eu não sabia explicar, fazia por hábito, as vezes por moda. Mudei um tantão por conta desse barbudo.

  3. A filha do meu amor está lendo o “Melancia” e adorando. Eu nunca li, o livro não me interessa muito, mas a história é certamente bem diferente do que eu imaginava, pelas resenhas que acompanhei.
    Moro em Salvador e morro de vergonha da eterna construção do metrô daqui. Já vai fazer 15 anos que não temos nem a promessa de funcionamento futuro dele. Imagine.
    Abraços.

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